terça-feira, 21 de agosto de 2007

Direto da pequena cidade de Twin Peaks

Terminado a maratona do box da segunda (e última) temporada lendária série "Twin Peaks", que pra quem não se lembra é aquela do "quem matou Laura Palmer?", pesco uma frase do personagem Dale Cooper, Agente do FBI (éfibiai), responsável pela investigação do assassinato:

"O homem que não ama facilmente, ama demais".

A frase eu catei, mas a colocação dela aqui, deu-se por sugestão da leitora Thais, a Babilda.


segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Novamente Dino

Eu disse a vocês que Dino também é cultura, não disse? Logo depois de um post de video pornográfico ele nos presenteia com isso aqui:

DICIONÁRIO DE FILMES BRASILEIROS

Dicionário de Filmes Brasileiros é o mais completo levantamento já feito sobre a filmografia brasileira de longa-metragem.

Fruto de 4 anos de pesquisa, o dicionário nos remete aos primórdios do Cinema Brasileiro em 1908, aos filmes mudos das décadas de 10/20, aos filmusicais dos anos 30, às chanchadas da Atlântida, ao profissionalismo da Vera-Cruz e Maristela, ao Cinema Novo, às Pornochanchadas, ao fundo do poço com o Explícito, e, finalmente, a retomada, com sinopses bem elaboradas, que informam a ficha completa do filme, seus técnicos, o elenco, o argumento, as premiações, os comentários, as curiosidades, enfim, tudo que foi possível informar nesse incrível e árduo trabalho de pesquisa que catalogou 3.883 filmes brasileiros.

A partir de agora, os profissionais da área e público em geral terão nas mãos importante ferramenta de trabalho, obra de referência, que vem suprir uma lacuna inexplicavelmente existente até então no mercado editorial brasileiro.

Para baixar: Arquivo PDF
Arquivo Rar

Preciso nem de dizer que todos os créditos devem ser dados ao Dino.

sábado, 18 de agosto de 2007

Quem assim como eu está com seus vinte e poucos anos, cresceu escutando falar sobre "o filme pornô da Xuxa", e claro, fantasiando sobre ele. Eu tinha um amigo que jurava que seu pai tinha o vhs em casa, mas nunca pôs o cassete na roda. O tão falado filme pornô da Xuxa era praticamente uma lenda urbana.

Depois de um tempo deixei de crer em sua existência, assim como já fizera com o Papai Noel e a loira fantasma que aparecia nos banheiros da escola. Mais tarde, descobri que realmente existia o filme, mas não era pornô. Tratava-se de "Amor estranho amor", filme de um dos diretores mais importantes do cinema brasileiro, o paulistano Walter Hugo Khouri. A história tinha como protagonistas principais Tarcísio Meira e Vera Fischer, e Xuxa, era recheio do filme, protagonizando algumas cenas de sexo com um ator de 12 anos. Daí a celeuma em torno do filme.

O certo é que uma das histórias em torno do filme, é que Xuxa havia travado uma batalha na justiça pra proibir a veiculação da fita nas locadoras, pois não queria ver sua então imagem de rainha do mundo infantil, associada ao catraco com o menino no filme de Khouri.

Não sei até que ponto isso é verdade, mas nesse sábado a noite o assunto deu uma clareada pra mim. Sabe como é, madrugada de sábado, msn tem quase ninguém, a gente navega, navega e navega e cai aonde? Na boa e velha pornografia digital. E em termos de pornografia digital, sempre quem salva é o Dino, com suas sequências de filmes e capturas de imagens sensacionais. Já falei dele nesse post aqui.

Mas então, Dino também é cultura. Digo isso sem ironia alguma alguma. Dino está para a pornografia digital, assim como Silvio Santos e Chacrinha estão para televisão brasileira. Caindo no site dele, me deparei com os links para download das cenas da Xuxa com o menino. Isso não é novidade, já que tem tempo que essas cenas rolam por aí. Mas Dino vai além do cinco contra um e posta um video em que Xuxa conta ao apresentador Amaury Jr, o porque da pendenga judicial com os produtores do filme. Imagem rara, nunca a vi se pronunciar sobre o assunto. Segundo ela, depois que passou a fazer sucesso como apresentadora os produtores passaram a distribuir o filme com ela na capa. Como ela nao era protagonista, meteu os produtores no pau(sem trocadilhos). Pelo menos foi isso que entendi, já que imagem e som estão muito ruins. Sei não hein? Abaixo o video:



Cliquem aqui caso queiram baixar as cenas de Xuxa no filme "Amor estranho amor".

*Em tempo: nesse mesmo link em que você pode baixar as cenas e ver a predileção de Xuxa pelos baixinhos, lê-se também um texto que conta que o ator Mario Ribeiro, hoje com 38 anos é o novo contratado da produtora Brasileirinhas. "Aos 38 anos, Marcelo diz que se sente preparado para protagonizar um filme pornô. 'Se aos 12 anos eu fiz nu com Xuxa e Vera Fischer, porque não faria agora?', pondera''. Manda bronca fera.

*De lambuja:

Abaixo, Xuxa na Tv Manchete, começo de carreira no saudoso "Clube da Criança". No início do video ela come a molecada no esporro, mas depois tenta se redimir: "me desculpa por gritar com vocês? é porque senão demora a fazer a brincadeirinha". Humildade de rainha, diz aí gente?

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

A fruta não cai longe do pé

*Da série quase todo clichê é verdade.

Segue mais uma do Amaury. Ou melhor, do programa dele.

To assistindo aqui o lançamento de um perfume, numa festa com ricaços de nariz vermelho e muito brilho. A estagiária do Amaury Jr pergunta a uma socialaite: "Qual perfume você prefere no homem?"

A granfina responde: "Eu gosto é de cheiro de homem mesmo. Não Gosto de perfume não".

Aí, meu pai, que no momento está rasgando um monte de documentos aqui atrás de mim e antes, passou horas no telefone numa conversa muito estranha, solta: "É isso aí meu filho, mulher gosta de cheiro de homem".

Eu respondo: "É isso, aí pai. Por isso eu não uso perfume".

Gordo não pode

Sentado na sala de espera, faço a leitura diagonal das revistas. Entre Vejas, Istoés, Contigos e Caras, avisto uma que não conhecia, Médicos. Leio no editorial que a revista é direcionada para o público médico. Enfim.

Folha vai, folha vem, me interesso por uma entrevista com Ney Matogrosso. Depois, vejo uma matéria, de famosos e vips, falando da importância do remédio Xenical, para a boa forma que eles exibem. Xenical que geral sabe, dá ca-ga-nei-ra e geral emagrece. Coloquei a palavra matéria em itálico, porque desconsidero que seja uma matéria bem apurada, duas ou três folhas de revista com fotos de famosos e apenas aspas de suas declarações.

Então, pesquei uma do cara-ae-da-foto, Amaury Jr.

"Vivo da minha imagem com muitos anos de trabalho, e o telespectador não merece ver um gordo na televisão".

Muito grosseiro.

E ele deve babar um ovo do Jô Soares né?

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Enfim, o fim.

Caminhando pelo belo gramado do cemitério, olho as lápides. Uma me chama atenção, nascida em 1897 e morta em 1987, viveu bastante a mulher. "Será que era bonita ela?", é a primeira coisa que eu penso.

Diante da cova, todos em volta. A viúva me abre um sorriso que eu não pude lhe dar. Está conformada. "O povo crente é assim porque nós cremos na salvação", disse o meu coroa. Ele também é crente. E otimista também. Eu também creio na salvação, só não sei se estou nos planos dela.

Que inveja!

Cinco coveiros esperam a última resenha dos pastores. Os hinos começam a serem cantados, um deles, o preferido do amigo que já está no fundo da cova.

Triste a profissão do coveiro. É dela a última palavra. A última pá de cal. Depois da ação deles, aí sim, o final. Os cinco rapazes não parecem melancólicos por isso. Que bom. Trabalho é trabalho, alguém disse que ele dignifica os homens.

Poético o trabalho dos coveiros.

O caixão é tapado. Espero a terceira pá de areia. Desço com o coroa. Atravessando a rua, cada um com sua lata de guaraná, dissemos estalando o alumínio: "Ao nosso amigo".

Era o coroa mais sangue bom do prédio.
Pule de dez dos sangue bons. Deixa o legado que só os boas gente, deixam.

Na última vez que nos encontramos, perguntei como ele estava, me repondeu o de sempre.
"Estou bem, mas não como você. Um dia eu chego lá".

Que nada. Ele já teve dias iguais aos meus e outros tantos melhores. Até alguns de seus últimos anos de vida, possivelmente, podem ter sido melhores que os meus.

Gente boa era esse coroa.

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Na mesa do almoço - Parte 2

Essa história é baseada em fatos banais (e reais). Conta um amigo meu, cujo a irmã mudava de namorado de mês em mês, que um dia ela chega em casa, com um cara que só de você olhar já diz: "Vagabundo nato, quer nada com a vida".

O pai dele, um coroa meio, vamos dizer, rabugento e macaco velho que era perguntou ao candidato a genro: "Vem cá meu filho, você faz o que da vida?". O cara meio gago responde que estudava veterinária e o coroa, percebendo a gagueira, pressente que tinha lorota na parada.

"Faz veterinária aonde?"

"Na Candido Mendes".

O coroa se deu satisfeito com a resposta por 10 segundos e logo depois, caiu a ficha.

"Vem cá rapaz, na Candido Mendes não tem veterinária".

O moço com o corpo tremendo mais que terremoto, cede de tudo.

"Pô o senhor me desculpa, mas olha só, eu AMO sua filha".

O coroa dá aquele suspiro, como se dissesse, "mais um looser candidato a meu genro" e emenda: "Tá, tá bom meu filho, vai lá, vai lá. Precisa se explicar não".

Era melhor meter a real do cara do post anterior.