segunda-feira, 21 de setembro de 2015

"Deu chuva pra hoje" - Resumo dos capítulos

Abaixo segue o resumo de cada um dos seis capítulos de "Deu chuva pra hoje", em ordem cronológica.  Cada uma dessas histórias têm dez páginas cada uma.

Self-service

Heitor é um cara com pouco mais de trinta anos que vive no Rio de Janeiro. Depois de conseguir, meio que por acaso, o telefone de Taís, um grande amor do passado, ele resolve marcar um almoço com ela no centro da cidade e confrontar um passado que nem mesmo ele sabe por que decidiu revisitar.

Vantagem é tudo

Diego é colega de trabalho de Heitor e aproveita a hora de almoço para arrumar ingressos a fim de ver o jogo da noite que ele pretende ir com o filho. Mentiroso inveterado, ele vive as turras com a ex-esposa, Cida.  Manfrini é o homem de quem ele pretende comprar os ingressos, mas o caráter duvidoso de Diego traz uma tensão inesperada para situação.

Manfrini Negão

Manfrini é um gigante intimidador, mas de coração amável. Ele abre mão de ir ao jogo para pagar uma dívida do pai, a última parcela do ‘Cruzeiro do Roberto Carlos’. Estressado, entra em conflito com colega de empresa e segue para encontrar Suzy/Cida (ex-esposa de Diego), uma prostituta com quem ele tem relacionamento especial e atende numa sala discreta num edifício comercial no centro da cidade. 

A última canja

Alcino do Engenho é um sambista conceituado que atualmente pouco sai de casa. Apesar disso ele comparece a Pedra do Sal, tradicional reduto de samba carioca para receber uma homenagem. Lá ele é festejado por público e sambistas, canta e faz um discurso bastante emotivo. A caminho da casa do irmão (pai de Manfrini) para ver o jogo, ele encontra Taís, com quem inicia uma interessante conversa. 

Visto assim do alto

Amigos de longa data, um anjo celeste e um infernal debatem sobre questões comuns aos debates contemporâneos sobre religião, felicidade, certo e errado.  Eles transitam por cenários do centro do Rio de Janeiro enquanto comentam sobre seus pontos de vistas e até sobre as histórias anteriores. O anjo do inferno a todo o momento contesta a bondade divina e disserta sobre o caráter errante dos homens, enquanto o celeste, com certa ironia responde a tudo. Os dois fazem isso sem demonstrar animosidade, pelo contrário, o diálogo dos dois deixa claro o carinho e respeito que têm pelo outro, embora estejam em lados opostos. No fim, eles introduzem a história seguinte.

Tomando rumo


Liliane é a motorista do ônibus que conduz Alcino e Taís. Ela não aguenta mais a vida no volante e mantém a todo o momento contato com a irmã, responsável por avisá-la se ela passou ou não num concurso público. O temporal que desaba na cidade é responsável por uma descarga de emoções, não só delas, mas de vários personagens que ela transporta no ônibus.

"Deu chuva pra hoje"

Vamos falar de quadrinhos.

"Deu chuva pra hoje" é uma HQ de Fábio Guimarães (arte) e Thales Ramos (roteiro), de 60 páginas, que se passa no centro do município do Rio de Janeiro. Em seis histórias, de 10 páginas cada uma, personagens se cruzam e a cidade também é personagem.

Portfólio de Fábio Guimarães.

Um reencontro de ex-namorados sob a pressão do apertado horário de almoço. O pai ausente que tenta conseguir ingressos para ir ao um jogo de futebol decisivo com o filho. O gigante de coração sensível que abre mão de um desejo para salvar o cruzeiro de aniversário de casamento dos pais. O velho sambista que vive seu dia de glória na tradicional Pedra do Sal, um dos redutos mais populares do samba na cidade. A motorista de ônibus que vive a expectativa do resultado de um concurso público que a livrará da truculência do trânsito das ruas. Dois anjos amigos, um celeste e outro infernal, que passeando pela cidade, observam todos esses personagens e especulam sobre a humanidade.

Com pressa, esperança, ansiedade, amor e pessimismo, eles deslizam pela cidade tomando decisões de vida num apertado período de tempo, pois está prevista uma daquelas poderosas e tradicionais chuvas de verão que engessam as ações de quem mora no Rio de Janeiro.

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terça-feira, 28 de julho de 2009

Morte e mais vida...















Matador? Caçador?
Tudo pelo sorriso dela
No sangue do panda
O sorriso confortável da menina

quinta-feira, 25 de junho de 2009

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

É de pequenas coisas II - Menores ainda...mais importantes ainda.

**Continuação do post É de pequenas coisas

Disca o número com o DDD da cidade.

-Oi, sou eu.
-Oi (carregado no i), quanto tempo, como você está?

-Cara, estou bem e você?
-Tudo bem, quanto tempo. (de novo)

A essa hora já preocupado com o rumo da conversa. Sabia que renderia. Número de celular. A conta, depois...

-Olha só minha mãe está indo pra aí. Estou te mandando uma coisa que fiz.
-Cara que legal. O que você tem feito?

-Então, estou nessa correria.
-Cara que legal. Feliz por você. Mas olha só, eu estou com 'minino' novo em casa, quando sua mãe vai embora? Está ruim para sair de casa, ele só tem um mês.

-Você teve filho?O menino é seu?
-Sim.

-Mas estive aí e você não me disse que estava grávida.
-É porque eu não sabia.

-Qual o nome dele?
-Emanuel.

-Que bonito. Parabéns.
-Cara estou feliz por você. É bom isso que você está fazendo.

Nó na garganta pela notícia do Emanuel. Deve ser lindo. Se como a mãe, deve ser.

-Então, parabéns de novo. Eu queria que você tivesse um filho meu, mas já que não teve, tudo de bom, feliz ano novo.(Pensando na conta. Era número de celular, interurbano. Ratifico!)
-Ai que bom falar com você. Quando eu tiver tempo eu deixo uma mensagem no orkut, te mando email.

Recursos. Email, orkut. Viva a tecnologia né? Depois do orkut, quem não tem ou deixou de ter, está sumido. Enfim, sempre no mesmo lugar. Mas tá sumido!

Enfim, bem-vindo Emanuel.
Eternamente a mãe do Emanuel.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Meu camarada

Meu amigo semi-engenheiro e poeta Carlos Eduardo, o Coquinho, me fez uma singela homenagem. Escreveu um poema e dedicou a mim.

Emocionado, digo a Coq em forma de agradecimento que se ele for tão promissor engenheiro quanto poeta, fará fortuna e fumará charuto na nota de 100 dólares nos nossos churrascos.

Seguem os versos que se encontram no metacentro, onde ele dá plantão:


CICATRIZES DO SAMBA

para Thales Ramos
A saia perdia
para as leis da gravidade,
por menor a desvantagem na competição...
Quando jurei amizade ao primeiro vento que ali batesse.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Um bom (re)encontro

Sinto falta de mulheres nas fichas técnicas dos cds, ainda são poucas as que compõem e gravam (ou que são gravadas). Quando descobri Simone Guimarães ela preencheu uma parte desse vazio. A descobri tem mais ou menos três anos no disco Noturno Copacabana, onde ela assinava Pra Jackson e Almira e Rasgando Seda, musicadas por Guinga.

Simone é apaixonante.












Faz algum tempo que baixei algumas de suas músicas, mas esse dias pipocou Baião Barroco (Cavalo-marinho) (c/ Juarez Moreira) e redescobri uma paixão adormecida. Daquelas que você tinha esquecido, mas num dia quando menos espera dá de cara na noite.

Escutei a música mais de dez vezes seguidas, a princípio me pareceu uma letra difícil entender. Como tudo que é bom, não se entende de primeira. A letra é lúdica e me remete a um monte de coisas boas. Lembra-me festas populares, como Folia de Reis, por exemplo.

Ela faz imagens bonitas e o canto dela também é lindo e emocionante.

Letrista genial, ela tem andado com gente boa nos seus discos como Milton Nascimento, Francis Hime, Leila Pinheiro, Dori Caymmi, Ivan Lins, Elba Ramalho e Maria Bethânia.

O reencontro com a música de Simone e do “...cavalo-marinho deixado no azul..”, me dizem que nem sempre o encontro com uma paixão antiga é incomoda e torturante.

Sigo eu com ela na caixa de som.

Mais sobre Simone Guimarães aqui e acolá.