quinta-feira, 31 de maio de 2007

Separados no nascimento?

Como eu já disse em outro post, sou um homem de fé, e volta e meia assisto ao programa Fala que eu te escuto, da Igreja Universal do Reino de Deus. É bem verdade que assisto mais por uma questão didática que por questões de fé.

O que sei, é que tem um pastor que é cara do diretor de cinema americano David Lynch. Nunca dividi isso com ninguém, mas esses dias me bateu essa vontade. Eu tinha acabado de assistir Duna, do Lynch, troquei de canal e dei de cara com o pastor. Eis o sinal. Peguei a máquina e bati uma foto da tv.

Eu vejo muita semelhança, sobretudo quando o Lynch era mais novo. Como não achei foto dele mais jovem, façam um esforço para vê-lo com menos idade...hehe.

quinta-feira, 24 de maio de 2007

O Morto e o enterrado


Depois de eliminar o Botafogo da Copa do Brasil, o lateral Ruy (o Cabeção), foi abordado com a seguinte pergunta pelo repórter da Rádio Globo.

"Ruy, você dedica essa vitória a quem?"

"Ao meu pai, que morreu tem um mês"

"E você quer mandar um alô pra ele?"

Instala-se um silêncio constragedor na programação do Globo Esportivo.

Vejam a carinha do treinador botafoguense Cuca, após o gol que eliminou o time da estrela solitária da competição.

Vale a pena até pra quem não gosta de futebol.

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Bochechando

Vejo agora no programa da Adriane Galisteu, que tem uma nova moda estética, a lipoaspiração de bochecha. Se os marmanjos com cara de buldogue velho quiserem aderir, é com eles mesmo. Mas se a moda pega entre as mulheres, ah, que pena.

Será que as adoráveis bochechas de bolachinha vão entrar em processo de extinção? Tomara que não, são muito boas de morder.

Como eu gosto de uma bochecha de bolacha!

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Com papas na língua



Chamada no site do Terra: "O Papa já está no espaço aéreo brasileiro". Putz!

Eu já vi muito papa:
Papa-tudo
Papa Nicolau
Papa Don´t preach
Papa-Léguas
Papa amarela
Papa de bebê
Papagaio
Papa anjo
Papa João Paulo

Mas esse Papa Ratznger Bento 16, ai...ai....ai.....
que mala.

sábado, 5 de maio de 2007

Quando era menó de idade, meu pai viajava muito a trabalho e vez ou outra ele perguntava:"papai vai viajar esse final de semana, quer ir com papai? Se der a gente passa em Porciúncula, na casa do seu avô e depois passa em Natividade na casa dos seus padrinhos". Era assim mesmo, na terceira pessoa que ele falava, aliás, até hoje é assim. Mesmo com 25 anos e a cara cheia de pêlos ele ainda diz: "Filho, amanhã papai sai de manhã, mas almoço em casa".

De vez em quando eu gostava de ir. Adorava a casa do meu avô e mais ainda a dos meus padrinhos, onde embaixo da casa tinha um bar que eles tocavam e me regavam no chiclete e no batom de chocolate. Meu coroa, assim como eu, nunca aprendeu a dirigir e sempre algum amigo dele tocava o carango. Geralmente quatro se revezavam nessa função. Tinha o Jorge Sá, um negão boa pinta, assim como eu sou hoje(?), que ninguém sabia porque tinha apelido de "Rosa Branca". Havia o Silas, que era motorista de ambulância e só andava de 140km/h pra cima, cortando tudo que é carro na curvas, como se no banco de trás não houvesse uma criança de nove, dez anos. Tio Eliseu, que tinha uma banca de camelô e um trailler de lanches em Duque de Caxias (onde nasci e fui criado) e dizia sem papas na língua pra quem quisesse ouvir: "Quero ver me roubar lá. Eles sabem que se eles me roubarem, eles morrem". Não sei porque, mas eu olhava pro tio Eliseu e pensava: "Quero ser que nem ele, estilo Charles Bronson".

Mas o que eu mais gostava era o seu Gouvêa. Era estilo pimpão. Simpatia pura. Sempre dava um jeito de me encaixar nos papos. Assim como os outros condutores e meu pai, tio Gouvêa era ferroviário, e mais, era tricolor. Sempre que me via, abraçava forte, tacava um beijo molhado, fazendo uma poça d'água na testa e dizia: "Thalessssss, Thalessssss como é que vai nosso Fluminense?". Sempre foi um homem culto, pintava quadros e gostava de cantar. Gostava não, gosta. Há uns anos gravou um disco, com muitas canções fazendo referência as maravilhas de sua querida Niterói.

Numa dessas viagens, tive o prazer de ver ele cantar no bar do meu padrinho. Eu achava bacana o estilo dele. Tirava os óculos e segurava com as duas mãos, barriga entre as pernas, queixo apontado pra lua e soltava a voz. Numa dessas vezes, meu pai (debochadamente) chamou um rapaz local-da-área que tinha fama de cantar e tocar bem violão: "Aí Gouvêa, o garoto canta bem". O garoto pegou a viola e soltou a voz. Eu que devia ter uns 10 anos, pensei: "Que audácia esse otário cantar na frente do tio Gouvêa. É a mesma coisa o Zé das Couves querer jogar bola na frente do Pelé". O tio, elegantemente disse ao rapaz: "Você canta bem. Mas você toca qualquer música?". O rapaz:"Não senhor, toco mais essas músicas caipiras, aqui da região mesmo". Então ele deu a dica: "Olha só, quem toca bem violão toca qualquer coisa, tenta variar mais. Se alguém te pedir pra tocar alguma coisa do Nelson Gonçalves, uma seresta, como você vai fazer?".

Esse ano, tio Gouvêa nos presenteou com seu mais novo trabalho, chamado A noite do meu bem-Apenas canções de amor e nada mais. O título do disco é uma canção que foi sucesso na voz de Dolores Duran. Como fez o disco com recursos próprios, digamos que a produção não é lá essas coisas. Rola um tecladinho em algumas músicas, que faz lembrar show de churrascaria. Mas isso não afeta a performance de Emanuel Gouvêa, que além de ter um vozeirão, sabe escolher repertório.

São 17 faixas de compositores do naipe de Herivelto Martins, Lupicinio Rodrigues, Paulo Vanzolini, Pixinguinha, Paulo Cesar Pinheiro, Tom Jobim, Vinicius de Moraes e Ataulpho Alves. Deixo aqui pra vocês baixarem duas que eu considerei as melhores interpretações.

*A volta do boêmio, defendida por seu Gouvêa com muita raça.
*Meus Tempos de criança, canção necessária de Ataulpho Alves, arrepiante e lacrimeja os olhos de qualquer um que tem carinho pelos seus tempos de infância.

Seu Gouvêa é daquelas figuras que vale a pena você dividir algumas cervejas.

sexta-feira, 4 de maio de 2007

O (ex) vermelho e o negro

Uma pausa pra gente rever uma cena do filme "White Nights"(1985), em que ator Gregory Hines ensaia uma coreografia ao lado do genial bailarino russo Mikhail Baryshnikov. O Filme eu acho fraco, mas essa cena é muito bonita. Gregory era negro e californiano, exímio sapateador e dançarino. Baryshnikov dispensa comentários, se não sabe quem é, deixa o msn 5 minutinhos e dá aquela googada.



Lobisomem

Meu pai, mineiro da gema, me conta uma história dos seus tempos de roça, que tem como protagonista Zé Pretinho, que além de ser uma grande figura, era também grande bebedor de caninha.

"Na quaresma o povo tinha mania de andar com uma foice, pra pegar lobisomem. Eles punham um prego na foice pro lobisomem não pegar". E foi num tempo desses de quaresma que Zé Pretinho foi andando pela estrada e bêbado como uma gambá, ficou na moitinha largando um barro. Foi quando passou um grupo de meninos, indo trabalhar na lavoura e o destino do Zé foi traçado.

"Quando a garotada passou o Zé gaiato que era, deu um urro, pra espantar os meninos. Um garoto com a foice deu em cima da moita e jogou sangue pra tudo que é lado".

O menino chegou em casa e como quem tivesse feito uma boa ação, disse ao pai:
"Papai, papai olha minha foice. Quebrei o encanto do lobisomem"