quarta-feira, 28 de março de 2007

Memórias de um poeteiro (parte 2)

Como prometido, vamos a segunda parte da série.


Só a incerteza é certa

estou certo
do incerto
da certeza
da certeza da vida

por que tudo que é certo
tem um grau de incerteza
pois se tudo fosse certo
não haveria a beleza da surpresa

a certeza da verdade,
do temor da ansiedade
comprova a incerteza
do que é certo

-Esse eu reli e não entendi. Sinceramente.


Quando estou deitado

Quando estou deitado
Beirando a depressão
Procuro uma canção para
Para me fazer lembrar
Que tenho que levantar
E reagir
Sem ter aonde ir
Vejo aquele filme de novo


-Eu era muito metido a falar de filme. Muito gabola, putz grilo. Eu não me lembro do momento que escrevi isso, mas tenho certeza que isso de "beirando a depressão", é uma forçação tremenda. Parece coisa dessas(es) viúvas de Kurt Cobain e do Nirvana que se amarram em curtir uma foça e acham bacana o ídolo
ter metido um caroço na têmpora.



Por trás da fumaça
De seu entorpecente que me cega
Vejo um vulto de emoções que passa
E me traz versos
Que descrevem seu íntimo
Ao ouvir sua voz pela primeira vez
Senti o som enganoso e sarcástico da esperança
E nunca mais fugirá da minha lembrança
O perfume da sua jugular


-Essa porcaria não tem nome. Eu estava apaixonado por uma maconheira, sendo assim, quis fazer a ponte. "O perfume da sua jugular", na moral, eu devia estar com muita vontade de usar a palavra jugular. Taquei aí e foi.

Vejo você...

Vejo você atravessando o trânsito
Vindo na minha direção
Mal posso esperar
Pra tocar a palma da sua mão
Adentrando nosso jardim
Procuramos o melhor banco pra sentar
Apesar dos sinais
Ainda receio te beijar
Percebo seus trejeitos de menina
Seu gestual nervoso
Mas depois do encostar das línguas

Tudo já era .....tudo é calmaria ...
Seu perfume se confunde
Com os das flores do campo
Mas nem o perfume de todas as rosas
Ofusca o seu
Cada sorriso que eu tirava de vc
Mas deslumbrado eu ficava
Anoitece.........
Maldito seja o inventor da despedida

Vejo vc indo embora

Levando consigo uma parte de mim
Na ação de sua partida


-Eu falando das flores e das rosas, achando que era Cartola né? Cada vez que acho um poema achando que é o pior de todos, aparece outro mais lamentável.


Agora acabou.

5 comentários:

Anônimo disse...

muito engraçado, esses conseguem ser piores que os outros, mas o último eu achei bonitinho, inocente e um tanto poético, o que estragou foi a frase: Tu já era!!!

Parece um funkeiro traçando a mina no baile ...

Só posso afirmar que vc sempre foi um rapaz de vasta imaginação.

bjux na alma
Nina

Unknown disse...

na verdade é "tudo já era"....vou consertar

Anônimo disse...

vc se superou!

Musa de Caminhoneiro disse...

Quando achei que nada mais me surpreenderia no seu acervo, me vem você com esa do 'perfume da jugular'. Que bom que caiu em si...

Unknown disse...

vc é corajoso rs